Estudo aponta bairros de Maceió que podem ser atingidos por afundamento do solo causado pela Braskem

  • 25/07/2024
(Foto: Reprodução)
Trabalho feito por pesquisadores de quatro universidades aponta o quanto outros bairros também podem ser afetados em termos ambientais, econômicos e sociais. Cerca de 14 mil imóveis já foram afetados. Estudo aponta bairros de Maceió que podem ser afetados pelo afundamento do solo Reprodução Desde 2018, cerca de 14 mil imóveis em cinco bairros de Maceió precisaram ser desocupados por conta do afundamento do solo causado pela mineração feita por décadas pela Braskem. Um estudo feito por pesquisadores de quatro universidades brasileiras aponta o quanto outros bairros da capital alagoana também podem ser afetados em termos ambientais, econômicos e sociais (veja listas abaixo). Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram O estudo foi realizado por professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal do Piauí (UFPI) e Universidade de Brasília (UNB). O trabalho divide os bairros em quatro níveis de vulnerabilidade: bairros mais vulneráveis, bairros vulneráveis, bairros com vulnerabilidade moderada e bairros com baixa vulnerabilidade. A desocupação das regiões atingidas pelo afundamento do solo transforma áreas inteiras em "bairros fantasmas", o que causa impactos econômicos, ambientais, sociais e de mobilidade urbana nesses locais. Além dos bairros afetados diretamente pela mineração, outras regiões são afetadas ou têm risco de serem, principalmente por causa da migração dos cerca de 60 mil moradores que foram obrigados a deixar suas casas e se mudar para outras regiões. "Os bairros para os quais houve migração já possuíam grandes desigualdades. Com a migração, esses bairros ficaram com os aparelhos públicos ainda mais sobrecarregados. Soma-se a isto problemas de mobilidade urbana, segurança, saneamento e saúde adequados para a população, educação, atividades econômicas, entre outras questões que podem ser verificadas como reflexo da vulnerabilidade à subsidência", explica Natallya Levino, uma das pesquisadoras responsáveis pelo estudo. Moradores obrigados a abandonar suas casas nos bairros estão afundando levaram janelas, portas e até telhados, deixando ruínas para trás Valmir Inácio/TV Gazeta Participe do canal do g1 AL no WhatsApp 📲 O trabalho foi feito com base numa análise GIS - multicritério, que é uma abordagem que combina um sistema de informação geoespacial com método de apoio a decisão multicritério. "Essa combinação permite visualizar e compreender o contexto espacial dos problemas analisados, facilitando a avaliação de suas criticidades e apoiando intervenções práticas no campo. As análises multicritério consideram múltiplos critérios, integrando dados espaciais e não espaciais, para apoiar a tomada de decisão, sendo estes dados ambientais, sociais e econômicos. Dessa forma, pudemos verificar espacialmente as vulnerabilidades socioeconômicas e ambientais dos bairros depois do processo de subsidência", explica Natallya. A reportagem do g1 entrou em contato com a Braskem e também com a Defesa Civil de Maceió e aguarda um retorno. A Braskem extraía sal-gema do solo de Maceió. O minério é utilizado para a confecção de materiais como PVC e soda cáustica. Em dezembro de 2023, uma das minas de extração colapsou parcialmente, o que agravou a situação. Antes de colapsar, a Defesa Civil recomendou que mais imóveis fossem desocupados. Um hospital na região precisou ser evacuado às presas. Ainda há moradores que vivem o dilema de sair de suas casas ou viver em perigo de afundamento do solo. O estudo tem o objetivo de contribuir para a identificar e mitigar os impactos do afundamento do solo, fornecendo uma base científica para a implementação de medidas preventivas e gerenciamento de riscos. LEIA TAMBÉM Seis meses após mina se romper, Defesa Civil diz que não há risco de colapso imediato das minas Além de Natallya, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (Ufal), integram o estudo os pesquisadores Wesley Oliveira, do curso de Engenharia de Produção (Ufal/Penedo), Amanda Rosa (UFPI), Marcele Fontana (UFPE) e Patrícia Guarnieri (UnB). O grupo agora se dedica a dois outros estudos. Um sobre os impactos sociais, econômicos e ambientais do rompimento da mina 18 na atividade de pesca e mariscagem da população ribeirinha da Lagoa do Mundaú. O outro irá avaliar as opções de reassentamento dos deslocados ambientais, vítimas da mineração que não estão satisfeitos com os acordos feitos até o momento. "Maceió afunda em lágrimas!" foi pintada em rua do bairro do Pinheiro, em Maceió Mayra Costa Confira o risco para cada bairro Bairros mais vulneráveis Bebedouro Bom Parto Farol Gruta de Lourdes Mutange Pinheiro Ponta Grossa Vergel do Lago Bairros vulneráveis Antares Feitosa Fernão Velho Riacho Doce Rio Novo Santa Amélia Trapiche da Barra Bairros com vulnerabilidade moderada Clima Bom Garça Torta Ipioca Pescaria Pontal da Barra Prado Bairros com baixa vulnerabilidade Barro Duro Canaã Chã de Bebedouro Chã da Jaqueira Cidade Universitária Cruz das Almas Jacarecica Jacintinho Jardim Petrópolis Levada Pitanguinha Ponta da Terra Santa Lúcia Santo Amaro Santos Dumont São Jorge Serraria Tabuleiro dos Martins Os pesquisadores não conseguiram atribuir um nível de vulnerabilidade aos bairros Jaraguá, Jatiúca, Mangabeiras, Pajuçara e Ponta Verde, por isso eles ficaram fora do estudo. Assista aos vídeos mais recentes do g1 AL Veja mais notícias da região no g1 AL

FONTE: https://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/2024/07/25/estudo-aponta-bairros-de-maceio-que-podem-ser-atingidos-por-afundamento-do-solo-causado-pela-braskem.ghtml


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